Ju Gambini Ferrari

segunda-feira, 2 de novembro de 2009


...finados e a bio!!!! (funebre...o papin hj hein)


No dia dois de novembro muitas pessoas visitam os cemitérios, depositam flores e rezam por seus mortos, num ritual de homenagem, compaixão, devoção e conforto para si mesmo. Tão antiga quanto a vida a morte continua sendo um desafio aos homens, mesmo com todo o aparato das religiões e explicações da ciência, o homem tem dificuldades em aceitar o fim material de qualquer ente querido.
De acordo com os biólogos “a morte é uma das maiores invenções que ocorreram no Universo. Sem ela, não teríamos vida. Esse é um princípio básico. Todos os seres vivos, para se manter, para evoluir, para se modificar, precisam morrer. Os indivíduos morrem, mas a vida continua”.
Tentando se confortar e entender a morte, o homem criou seus rituais funerários desde o inicio dos tempos; tem-se menção desses ritos há mais de 20.000 anos e nos mais diversos povos esses rituais variaram muito, dando ao defunto uma sepultura na terra ou sendo expostos as aves de rapina, sendo cremados, jogados nas águas, mumificados, etc.
O mundo ocidental optou por enterrar os mortos e a maioria das religiões esperam a ressurreição desses corpos enquanto as almas de acordo com suas qualidades e defeitos vão para o céu, para o inferno ou estagiam no purgatório. Das religiões modernas o Espiritismo de Allan Kardec foi a que mais tempo se dedicou ao assunto com diversos tratados e teorias, sendo que as bases do próprio espiritismo alicerçam-se na questão da morte física do corpo e sobrevivência eterna da alma.
O dia de Finados comemorado pelo mundo cristão teve inicio com Santo Odilon que por volta do ano de 998 em Cluny passou a comemorar o dia de todos os mortos nos mosteiros beneditinos. No século X a Igreja Católica oficializou este dia tendo a denominação litúrgica de omnium fidelium defunctorum (todos os fiéis defuntos). Em 1311 a Santa Sé estendeu a data a toda Igreja Universal.
Obviamente os mortos já eram comemorados em outros tempos pelas religiões mais antigas e acabaram sincretizando-se com o catolicismo, havendo alguns lugares onde o dia de finados era uma verdadeira festa com banquetes e bailados. No Brasil era um dia de oração e respeito, evitava-se caçar, pescar ou nadar, pois era crença comum que os mortos passeavam nestes dias pelas matas, rios e lagos ou ainda que visitavam os lugares que lhe foram caros. Até meados dos anos quarenta era comum em nossa região os enterros na rede, que era um cortejo penoso com o defunto posto em um lençol (ou mesmo em uma rede) traspassado por um taguaruçu, sendo conhecido como bangüê, os homens se revezavam de dois em dois para trazer de longas distâncias o morto até chegar na igreja e depois ao cemitério, o enterro em caixões era um luxo até o inicio do século XX. Também era costume vestirem os defuntos com mortalha, uma túnica larga, despontada e enfeitadas com fitas, bordados e flores.
No México por exemplo o dia de finados é tido como muito importante e confundiu-se com um festival Azteca, as famílias fazem verdadeiros banquetes com a comida predileta que os defuntos gostavam em vida e os familiares reúnem-se no cemitério durante a noite do dia primeiro e varam a madrugada do dia 02 de novembro para comer e relembrar seus entes queridos. A noite no cemitério é muito especial para as crianças, as quais brincam e correm pelos túmulos e devoram felizes as tradicionais caveiras feitas de chocolate e açúcar que são colocadas sobre os túmulos. Ë uma verdadeira festa, a qual funciona como uma ligação com os ancestrais, ensinando que a morte não é um fim, mas sim a transmigração da vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário


família....

família....
a base de td!!!

pesquisas